uma coisa que falo a muitos anos e @renantomazini é testemunha disso, é que o sistema de ensino de forma geral estimula a síndrome do impostor quando sistematicamente desvaloriza a produção de estudantes, tipo aquele monte de trabalho valendo 0.03 na nota. o que coisas assim comunicam é que seu trabalho, seu tempo que poderia ser cuidando de si ou com a família ou com amigos vale apenas isso para a universidade.
indo além: quando você faz uma iniciação científica ou monitoria voluntária se agarrando na promessa que isso vai ser a diferença no seu curriculo num concurso ou seleção para uma pós, tá ligade que isso é só uma promessa para você trabalhar de graça?
professores têm entre as atribuições do trabalho como concursados fazer pesquisa e extensão e há bônus de produtividade, para estudantes, não há nada além de certificados para colocar no lattes.
Dá para entender só do que falei até agora como isso tem relação com a precarização do trabalho? como em estudantes há a formação de um entendimento que seu trabalho não vale nada, que só uma menção é o suficiente, que não é digno de ganhar dinheiro e sobreviver de seu trabalho?
lembro de um texto que o @cochise tinha compartilhado certa vez comparando a carreira no tráfico de drogas e a carreira acadêmica, como tanta produção dos poucos que se mantém como professores é sustentada por muita mão de obra pouco ou nada remunerada na promessa de um futuro melhor, é bem sobre isso
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