(1-2) Este filme é um autêntico banho de realidade cobrindo a vida de um imigrante da Guiné em Paris onde trabalha como estafeta de comida, enquanto espera o resultado de um pedido de asilo.
Vemos a dureza do trabalho diário, o perigo de acidentes, exploração de redes e as condições de alojamento sobrelotado. Sentimos que facilmente podemos transpor para a realidade portuguesa onde este tipo de atividade explodiu junto de imigrantes recém-chegados
https://www.youtube.com/watch?v=YIOrGS9mCfU
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(2-2) Por vezes penso neste tipo de profissões e como na prática estamos a criar mais uma classe na base para ser explorada e se os restantes ficam mais confortáveis existindo agora um nível mais abaixo. Não pode ser isto o que queremos da sociedade.
Por curiosidade o filme acaba por refletir a realidade do ator Abou Sangaré ele próprio um imigrante da Guiné. É um pouco como se estivesse a contar a sua própria história
https://www.euronews.com/culture/2024/10/14/why-is-guinean-film-star-abou-sangares-story-bringing-french-division-over-immigration-to-
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@nelsonavatar por outro lado sem estes trabalhos não haveria lugar para os imigrantes. A imigração perpetua a pobreza na Europa. Os países que estiveram mais perto de erradicar a pobreza (escandinavos) deixaram de estar graças a sucessivas ondas migratórios e a sua mão de obra barata e necessariamente pobre. Mas tudo é relativo, e ser pobre na Europa continua a ser muito melhor do que ser pobre na Guiné.
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@bossito Não tenho uma opinião fechada sobre o assunto. Para mim é diferente uma profissão que as pessoas não gostam mas é necessária como por exemplo construção civil, de outras que soam economia de biscate (entregas). No 1º caso é mais fácil ter salários mais dignos. Para mim profissões como empregada domestica interna também preferia que desaparecessem. Mas países como Portugal com a baixa natalidade de há 20-30 anos precisam de imigrantes mesmo para profissões mais normais.
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@nelsonavatar claro que estou a simplificar um pouco, mas o efeito de baixar o custo da mão de obra é real apesar de ser tabu falar disto à esquerda, quando devia ser a esquerda a falar disto precisamente.
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@bossito não é um assunto fácil, mas tal muitas vezes acontece porque o patrão está numa posição de poder mais desequilibrada, muitas vezes acentuada pelo facto dos imigrantes poderem não ter uma situação de permanência no país regularizada
Mas em areas como construção civil muito carentes de mão-de-obra não existe razão para exploração de salários.
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